E se nunca te faltou inteligência, só espaço para mostrá-la?
Se você já se sentiu pequeno por não caber no molde, saiba: o problema nunca foi você. É o molde que precisa acabar.
Outro dia, me dei conta de que, se eu tivesse sido contratada com base nas minhas notas, talvez nunca tivesse tido uma chance.
Meu boletim sempre foi bagunçado, minha cabeça parecia funcionar em outra frequência. Nunca entendi lógica, nunca consegui decorar fórmulas. Levei cinco anos para passar no vestibular.
Por muito tempo, achei que isso me tornava menos inteligente — como se houvesse algo de errado no meu jeito de pensar, de aprender, de existir no mundo.
Passei boa parte da vida tentando me encaixar nos critérios que me davam.
Achava que o problema era em mim: que eu era distraída, preguiçosa, confusa. Tentava seguir os modelos, preencher as lacunas, corresponder às expectativas — mas, no fundo, só sentia frustração e inadequação.
Entrei na faculdade achando que estava abaixo de todo mundo, quase como se tivesse sido aceita por engano.
Foi na Escrita Criativa que algo começou a virar. Pela primeira vez, eu me sentia à vontade em uma sala de aula. Sem pauta certa, sem resposta exata, sem um modelo ideal. Quando comecei a escrever, entendi que a minha dificuldade com os métodos tradicionais não era falta de esforço, e sim falta de compreensão da minha própria forma de ver o mundo.
A escrita me deu esse espaço — e, com ele, a certeza de que sou, sim, inteligente. Só nunca tinham me contado isso do jeito certo.
E foi aí que entendi que não bastava só me aceitar, que a transformação que vivi não poderia parar em mim.
Porque, todos os dias, tem gente brilhante sendo descartada sem nem chegar a ser vista. Porque os processos seletivos continuam baseados em fórmulas prontas, em testes rasos, em filtros que ignoram quase tudo o que realmente importa. Porque o mercado ainda mede talento com os olhos voltados para o passado — não para o potencial.
A Inkline nasceu desse incômodo.
A Inkline surgiu para lembrar que gente não é currículo.
Que inteligência não tem uma forma só.
Que empresas precisam de mais do que perfis técnicos para crescer consistentemente.
E que o futuro do trabalho não pode ser construído com critérios do passado.
Se você já se sentiu pequeno por não caber no molde, saiba: o problema nunca foi você. É o molde que precisa acabar.
A newsletter da Inkline vai ser esse espaço de conversa — direta, estratégica, humana — sobre um novo jeito de enxergar pessoas. E de construir, com mais consciência, o futuro do trabalho.
Prazer, essa é a outra faceta da Mari.
Falar sobre escrita faz eu me sentir viva; lutar para mudar a realidade de outras pessoas traz sentido para tudo que faço.
O primeiro texto sai na segunda-feira.
Falaremos sobre inteligência fora dos moldes, sobre habilidades comportamentais, futuro do trabalho, sobre quem você realmente é muito além de um currículo.
Vou amar ter você por lá.
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Até a próxima!
Leitura que vale como uma sessão de "euterapia" em frente a um espelho!
Adorei!